terça-feira, 19 de agosto de 2008

Desculpe o transtorno...estou em construção



Peguei essa frase de um orkut de uma amiga minha, e como uma adolescente me identifiquei. Talvez seja pelos dias que atormentam as mulheres todos os meses...não, não é na menstruação, é antes!



Entendam, há momentos em que não queremos (e é o menos aconselhável) que nos passem a mão na cabeça "calma, calma...pshiii...calma..."! Quanto mais ouvimos isso, mais no deixa irritada! Queremos brigar! Queremos gritar! Há tantas coisas que acontecem durante o dia...você está indo para a parada de ônibus para pegar o tal coletivo sardinha, e bem na hora de você atravessar...Fecha o sinal! E adivinha? Aquele que é o seu ônibus, que demora quase uma hora para passar, passa bem na sua frente com um lugar na cadeira alta, e na janela!!!Para completar...passa outro correndo, só para não pegar o sinal fechado...!



È...!Como se não bastasse a fumaça do dia-a-dia no rosto, temos o delicioso cheiro do óleo da batata frita, hummm...que delícia! Mas ela nunca incomodou tanto, hoje te dá enjôo! Tudo bem, lá vem seu ônibus!



"Ahhhh! Chegarei em casa, tomarei um bom banho e comerei um cuscuz que deve estar lindo e amarelo na mesa...depois vou lê meus emails, e adiantar o TCC..." seria perfeito! Mas não...ao chegar em casa o que temos? VISITAAAAAAAAAA!!! Me lembrei agora da Marta Medeiros quando ela fala das surpresas...realmente, essas não são das melhores!



Sorri para todo mundo, afinal, sua TPM não tem nada relacionado com ninguém...COMO NÃO TEM? CLARO QUE TEM!!!! Por que justo nesses dias é que resolvem aparecer? Sim, estou com saudades mas...não poderia ser outro dia? Ah, ainda tem mais...a internet não tá pegando, não tem cuscuz, e seu computador está ocupado por alguma das irmãs...aí o que você faz?




Vai fazer uma ligação, ouvir uma voz legal ... Aquela que te deixaria feliz por um minuto ao menos, alguém que não falas há tempos, que tens saudade...Compra cartão, sai ás 22h na rua com a lua vigiando, e lindamente parece que ta te debochando...ops! Atenderam! "Ahhh que bom! Consegui!!CONSEGUIII!!!" Mas aí, do outro lado uma voz..."Ah, não posso atender agora..." E claro, você não vai gastar ali todo o cartão! Fala que tá tudo bem, que se falam depois, beijinhos e tchau!



Ô maravilha...e não tem nada, nada relacionado com as pessoas é? Ta bom!



Vais dormir? Deitarás a cabeça no travesseiro com uma puta sensação de improdutividade! Respira fundo, na verdade BUFA de raiva! Bate na cama...droga! Não tem ninguém pra brigar! Pega o urso que ainda dorme (com todo orgulho) desde os dez anos de idade, abraça forte... é...ele não tem nada com isso!



Lerá um livro? Nada do TCC, um livro destraído, que te faça refletir, rir, se sentir melhor...mas que não seja um livro de piadas do Costinha... não dá...já ta "tarde" e o povo todo que dorme no seu quarto, quer dormir...ou seja, as luzes se apagam e você tem que dormir!






...Jurarás que no outro dia, quando acontecer de novo, por que vai acontecer, irás para a varanda, só com fumaças, flores, natureza, e ela liiinda te olhando, agora sorrindo feliz por você, não debochando, e você vai gargalhar com ela, feliz também.



Boa noite.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Enjôos


Retirado!

Charada


Te procuro

Me escondo

Me procuras

Te escondo


Que coisinha mais sem gracinha...

Desencontros mentais


Retirado...
Tava enjoando demais...

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Essa tal de amizade


Eram amigos. Conversavem sobre várias coisas, coisas que outras pessoas nem imaginavam que eles conversavam. Durante um pouco mais de um ano esperavam contatos raros de 3º grau para trocarem carinhos.

O respeito sem pudor era algo existente e forte. Quando se viam esperavam a noite cair, depois de muitas tarefas, contavam estrelas, contavam segredos se já não e contavam os beijos.

Um belo dia chega ao fim a amizade colorida, com o acordo de que apenas as colorações terminariam. Foi um belo momento. Um contribui com para o outro para que pudessem se conhecer foram beijos carinhosos, brincadeiras desbravantes sem tristezas por esse fim.

Passa o tempo, um se afasta e se dedica a outros fatos. A outra observa feliz a mudança. Também mudara, mas não pensava que esss caminhos poderiam um dia fazer que hoje nem se falem, nem se tratem.

Ela ainda o observa feliz, apesar da distância sabe que no fundo, ele não mudou. Não consegue ainda entender como aconteceu, em que momento, e o por que do silêncio. Ela só queria rir, contar suas piadas, rir de outras piadas, da um beijo carinhoso na testa, um abraço e um bom dia.
É pedir demais?

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Baseados em fato real


Passo na estrada. E pela janela com algumas toalhas me transporto para fora. Vejo-me num quadro, mergulho nele. As cores são verde e amarelo claro, das arvores, morros e folhas secas no chão.


Vou correndo embebida nas tintas, elas não me sujam. Pulo de morro em morro, com um sorriso atravessando o rosto. Não caio, faço parte agora dessa paisagem. Muda de cor, agora tem o azul do céu, e o branco das nuvens. Rolo cambalhota na ladeira abaixo, numa curva pego um guarda-chuva.


Volto para cima, agora me balanço nos galhos. Pego um pouco da tinta da outra árvore e pinto o céu, bem alto. Escrevo meu nome, Linnesh. Estava lá, de lilás! Uma nuvem me deixa devagar ate o solo, como em todo movimento, passo pela pintura que se molda a mim, me fazendo parte de todo o pedaço.


Sinto o vento no rosto, e ele não me modifica, só o sinto e saio correndo de olhos fechados e braços abertos... minhas mãos experimentam o frio das tintas. Sinto uma enorme liberdade. Quando saltava com a ponta dos pés, meu nariz tocava o céu. Passo entre arvores sem me machucar, ou elas saírem do lugar.


Vou parando de correr, abro os olhos, o sorriso continua no rosto. A tinta já secou e eu sou apenas peça móvel do quadro. Ao chegar na pista que passa, fecho os olhos e caminho de volta ao ônibus. Na janela, durmo. Durmo. Durmo. Foi a melhor sensação de liberdade que já senti.


“Stand by me, nobody knows...”

domingo, 3 de agosto de 2008



A noite está caindo

E o céu está castanho

Da cor dos olhos teus

Durmo com o canto da lua

E o piscar das estrelas

Enrolo-me em teus braços

Mas são apenas lençóis...

Num sono pesado, num sonho tranqüilo

Me pergunto, te pergunto:

Por que não vens me ninar?

sábado, 2 de agosto de 2008

Mal dito, o conselho


Desde o início eu já sabia que ia dar errado. Mas sempre há aquelas pessoas que te querem vê no fundo:
-Vai lá, toma iniciativa! Pára com esse pessismismo, vai da certo sim!
E eu, pagando pra vê, fui atráz de tal moça que em tempos de escola vivíamos uma paixão platônica, um pelo outro. Talvez o verbo não tivesse que ser conjugado na terceira pessoa, pois eu, ainda vivo apaixonado, ela já não sei... E ái é que está a questão: tinha como conjugar esse verbo na terceira pessoa entre nós? Tudo indicava que não!
Helena voltara a me ligar, depois de anos apenas nos encontrando em festas de amigos em comum. Sim, a gente manteve contato. Mas nessa ligação, ela me disse coisas que me fez florescer o estômago... Não. Não fui ao banheiro. Me contara que estava disposta a tentar o que no colégio não tentamos, ficar juntos. Disse que não me esqueceu e que queria ir ao cinema, dessa vez, só nós dois.
Numa tarde quando o sol já se ia, onde já podia vê as estrelas, onde a lua já se desenhava em traços finos no céu, saimos de mãos dadas. Nos beijamos. Um beijo longo, com desejo, que em outras épocas seria calmo, confuso, com medo. Como se fosse um eclipse, onde a lua e o sol esperam anos para se alinharem e quando o último raio de luz some, num limiar devagar e paciente, finalmente a gente que olhava maravilhado o fenômeno fica num estado de êcstase dizendo com um sorriso largo no rosto:
-Que lindo! Aconteceu!
Assim foi esse o beijo. Ela colocou suas mãos no meu pescoço, enquanto combinavamos na boca, ela fazia carinho em minha nuca. Se entregando de uma forma que eu pensei:
-Que linda! Aconteceu.
Depois desse fato tive a certeza: não vai dar certo. Passamos meses com juras de amor. Vivi o mais felizes meses da miha vida, com viajens, fotos que nos registrava, e tudo o que um casal feliz tem direito.
Mas como todo carnaval tem seu fim (odeio carnavais....”carnaval, carnaval, ô carnaval, eu fico triste, quando chega o carnaval...”), ela entrou em crise! Queria fazer mestrado, viajar, se dedicar à sua vida de historiadora, respirar outros ares. E eu, estava bem aqui. Já tinha o meu estúdio onde guardava, pelo meu trabalho, fotos de momentos tristes e alegres (?) de casais, famílias, animais, prédios, plantas e alguns objetos. Não queria, nem estava disposto a viajar.
É. Ela se foi. Eu fiquei. Fiquei mal, fiquei péssimo!Quero matar aquele que me aconselhou...”vai la, vai la...” MALDITO! Mal dito mesmo! Ela se foi, não pude evitar. Me mandou um email depois de dois meses dizendo que respirava outros ares e beijava outra boca. Me pediu desculpas e disse que continuávamos amigos...e ela sabe se eu quero?
Hoje aqui com meu cigarro, olheiras e uma blusa preta rasgada, rasgo suas cartas, transformo nosss fotos, desconfiguro seu rosto jurando que na próxima (?) eu acredito mais em mim. Na verdade, desde o início eu já sabia que não ia dar certo. É um dom dos pessimistas...é um medo dos pessimistas.