quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ela é a batida de um coração???


Belém, 02 de novembro de 2008

Coloquei a data por que provavelmente não postarei isso na dia, e também por servir de lembrança da expectativa que este dia (hoje às 01:20h) me causou.



Anciosa. Quero logo que o sol arranhe o céu e o toque do meu celular invada meu sonho dasarrumando meus ouvidos, não como todas as manhãs às 6:30h mas, com outro som e com alguém do outro lado querendo me acordar.
Parece um encontro de amor, e não deixa de ser. Mas talvez pelo fato de amanhã ser dia de finados, ajude um pouco a entender que encontro é este. A pessoa do outro lado me ligando e acordando no domingo ensolarado é meu irmão, o Abel.
Só para melhorar a compreensão, ele é tão irmão (apesar de não termos saído da mesma mãe, ou nos primórdios se esconder no mesmo homem) que há coisas que as vezes não conto por que ele vai "brigar". É, ele acaba descobrindo e me puxando a orelha de qualquer forma, mas triste por eu não ter contado antes. Isso já rendeu aprendizados para mim...
Pois bem, amanhã (mais tarde) ele me acordará e, topando minha idéia, vamos procurar outro cara...O Marcelo Lacerda, que deveria ter completado seus vinte e tantos anos em julho, após o dia dos namorados, mas que completou quatro anos de partida em agosto. Esse é o grande encontro. Vamos atráz de um grande amigo que nesses anos todos não sabemos em que terras foi parar.
Por que a expectativa? Primeiro para pagar uma dívida, uma dívida cruel dessa visita, dessas flores, dessas lágrimas em cima da lápide. Segundo, por que acho que só assim não imaginarei nessa minha cabeça grande, que ele está em algum interior escondido e, como no sonho aparecerá tocando a campainha de casa com sua filha no colo...Tá na hora de cair na real! ACORDAR! Nem que para isto seja necessário mais algumas horas de choro derramando alguns litros pelos olhos.
E é ele, o Abel, o meu anjo que estará comigo neste momento. Penso em um personagem, o Jefrey, que ao contar a notícia para a "irmã" nossa, de tão árido foi para o quintal fumar. Me lembro que eu quis naquele momento colocar um na boca também, parecia aliviar a dor, mas eu tive vergonha dele e do Marcelo. Acho que não ficaria tão feliz em saber que eu tinha feito isso por "culpa" dele. É. Tola.
Espero de fato bater um papo sincero com ele amanhã. Não estarei de óculos escuros nem roupas pretas como nas novelas, só as companhias necessárias para o momento. Entre nós, já nos despimos várias vezes, e apesar de toda a roupa, sabemos o que há por baixo no mais íntimo. Amigos, vai entender...
Queria sonhar com ele agora, mas acho que dormirei direto. De qualquer forma esta é só uma maneira de relembrar quem já se foi e de saudar a todas e todos que sabem de que dor e, de que encontro eu farei no dia 02 de fevereiro de 2008.

Saudações.

A vida continua...


domingo, 9 de novembro de 2008

Redação de 2003. Por Allan Maués

* Esta redação recebeu nota 10 pelo Professor Antônio Neto.


*Não foi modificada nenhuma vírgula.


* O autor deste texto se encontra hoje internado numa clínica de recuperação. O motivo: uso de drogas pesadas...interpretem vocês mesmos.





Dia de sol, foi num lugarejo chamado Caponga no Ceará que tudo aconteceu. Lugar paradisíaco, cheio de praias, dunas emuitas histórias para contar, como essa. Violeta era quase uma celebridade em Caponga e tinha um seguro de vida feito pelo seu antigo "acompanhante", que agora está morto, um seguro de 100 reais. Até aí tudo bem, se ela não fosse uma galinha.


Era provável que alguém quisesse matar a tal Violeta. E não é que ela apareceu morta nas areias de uma duna, sem o menor sinal de violência em seu corpo. A polícia logo que soube do assassinato deu início às investigações e comprovou a presença do veneno no sangue da galinha. E chegou imediatamente a dois suspeitos: a senhora Paulina Marques, que cuidava da Violeta, e um vereador conhecido como Jocob que teria dito à Paulina : "Te matar vai ser canja, Violeta".


Suspeitou-se, então, que haveria um complô entre os dois para matar a galinha, pois Paulina ficaria com o dinheiro e o vereador se vingaria por que ela havia pisado num milharal público. Os suspeitos negaram, o vereador disse que até só queria fazer um trocadilho quando disse quela frase. Ninguém tinha suspeitas sobre outra pessoa na cidade que tinha muito de semelhante com galinhas era: Tião Galinha Galináceo Penoso.


Tião parecia ser inofensivo, era pacato e tinha uma esposa. Mas uma grande revolta quanto ao seu nome e para reduzir o seu trauma tinha um grande desejo de extinguir a raça das galinhas. Foi a partir disso que armou o seu plano que tinha como pontos principais: envenenar Violeta, pois era famosa e sua morte causaria grande repercussão e achou dois bodes expiatórios: Paulina e Jacob. Tudo parecia ter dado certo.


Paulina e o vereador foram presos, o dinheiro foi para um orfanato, até que um dia encontraram o corpo da esposa de Tião, Dona Galinácea havia sido envenenada. Tião descobrirá que ela o havia traído com todos os homens da cidade, dessa vez ele não escapou e foi preso. Confessou o crime da galinha. E o vereador depois de solto resolveu fazer outro trocadilho: "Que pena, Tião Galinha parecia ser um bom homem".





Ai ai...só uma coisa dessas escondidas na minha pasta do convênio para me lembrar de tudo que passei nesse ano, nesta escola durante outros anos, e dos amigos e amigas que agora tenho guardados em mim!


Das angústias, descobertas, pressões, confusões, corujões, da minha calcinha pendurada na sala após o recreio, das brigas, rolos, fofocas, dos apelidos perdurados até hoje...tudo bem, com algumas modificações capilares!


Chorei quando li isto. E liguei para ele. Na verdade lembrei de tanta coisa...acho que as lembranças vieram mais forte por causa do cheiro que elas tinham...e que de alguma forma aquele papel guardava todos eles.